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O Facebook lamenta quebra de segurança, garante estar a investigar o que aconteceu com os dados e quer evitar que um caso como este volte a acontecer.
Numa mensagem na rede social, Mark Zuckerberg começou por dizer que a empresa tinha “a responsabilidade de proteger os dados” e se isso não é conseguido então “não merecemos servi-lo”.
A empresa, garante o seu CEO, está a trabalhar “para perceber exatamente o que aconteceu e como garantir que isto não volte a acontecer”.
Zuckerberg faz o histórico do que aconteceu e lembra que em 2013 “um analista da Universidade de Cambridge chamado Aleksandr Kogan criou um aplicativo de teste de personalidade. Foi instalado por cerca de 300 mil pessoas que partilharam os seus dados, bem como alguns dos dados dos seus amigos. Dada a forma como a nossa plataforma funcionou na altura, isto significava que Kogan conseguiu aceder a dezenas de milhões de dados dos seus amigos”.
Segundo o líder do Facebook, só na semana passada souberam, após as notícias de vários media, que a empresa “Cambridge Analytica pode não ter apagado os dados como tinham certificado” e garantiram que desde aí proibiram a empresa de usar os serviços da rede social.
Mark Zuckerberg acrescenta que a Cambridge Analytica “concordou com uma auditoria forense para confirmar” que os dados foram destruídos.
“Isto foi uma quebra de confiança entre Kogan, a Cambridge analytica e o Facebook. Mas também foi uma quebra de confiança entre o Facebook e as pessoas que partilham os seus dados connosco e esperam que a protejam. Temos de resolver isso”, refere.
O Facebook promete agora “investigar todas as aplicações que tiveram acesso a grandes quantidades de informação” e “realizar uma auditoria completa de qualquer aplicação com atividade suspeita”. Garante também que vai “banir qualquer empresa que não concorde com uma auditoria completa”.
A rede social acrescenta que vai restringir “ainda mais o acesso aos dados dos programadores para evitar outros tipos de abusos”. “Por exemplo, vamos remover o acesso dos desenvolvedores aos seus dados se você não tiver usado seu aplicativo em 3 meses” e “reduzir os dados necessários para entrar numa app - para nome, foto de perfil e endereço de email”.
Em terceiro lugar, o Facebook vai ainda tomar medidas para melhorar a compreensão dos cibernautas sobre “quais as aplicações que já tiveram acesso aos dados particulares”.
A fechar o longo post, Zuckerberg assume a responsabilidade pelo erro. “Sou responsável pelo que acontece na nossa plataforma”. E promete trabalhar para “construir um serviço melhor a longo prazo”.
A Cambridge Analytica é acusada de ter recolhido informações pessoais de mais de 50 milhões de utilizadores do Facebook em 2014 e 2015 para usar essas informações em campanhas de propaganda política.