O líder do Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, não gostou de ouvir no Debate da Rádio o líder do Livre, Rui Tavares, comparar a legitimidade de uma maioria de direita com a de esquerda. Cotrim Figueiredo chegou mesmo a dizer que “já não há saco”.
Rui Tavares defendia o voto na esquerda considerando que, depois das eleições, seria desejável que a direita “arrumasse casa e deixar bem claro aos eleitores de direita que o voto na extrema direita não é nunca uma solução”.
Sem nunca referir diretamente o Chega, Tavares aconselhou ainda a direita a encontrar uma “alternativa de se apresentar ao eleitorado que possa possibilitar que um dia haja uma maioria de direita que seja tão legítima como uma maioria de esquerda, mas que não faça perigar o Estado de direito”.
Na primeira oportunidade que teve, Cotrim de Figueiredo não deixou passar este comentário em branco, classificando-o como “um sinal da arrogância intelectual e da superioridade moral da esquerda”, para o qual “francamente, já não há saco”.
O líder do Chega, André Ventura, foi, a par de Rui Rio, um dos ausentes do debate da rádio. A ausência de Rio e Ventura foi criticada por quase todos os intervenientes no início da emissão.