O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) desafia o Governo a alargar os escalões da Ação Social Escolar (ASE) e a reforçar os apoios aos atuais beneficiários.
O apelo de Filinto Lima é lançado numa altura em que o número de estudantes que dependem das ajudas do Estado está a aumentar.
De acordo com o Jornal de Notícias (JN), o número de estudantes abrangidos pela ASE sobe desde 2020, mas é ligeiramente menor do que em 2017. De acordo com dados do Ministério da Educação, citados pelo JN, no ano letivo 2021/2022, a percentagem de beneficiários era de 37,4%. Ou seja, 370.035 alunos abrangidos num universo de 990.772 de crianças.
O presidente da ANDAEP diz que, com o agravamento da crise económica, provocada por uma guerra, que se seguiu a uma pandemia, "esta situação de recurso à Ação Social Escolar, por parte dos alunos, tem tendência de aumentar". Por isso, Filinto Lima defende que "o Governo terá que tomar medidas. Por exemplo, alargar os escalões e reforçar os apoios àqueles alunos que, neste momento, já são beneficiários".
O responsável diz ainda ser essencial "abranger mais alunos que, neste momento, não tendo o apoio que deviam ter da parte do Estado, têm, claramente. dificuldades económicas. Muitas vezes com dificuldade em ter acesso a materiais escolares e, até, à própria alimentação".