Boris Johnson proibido de entrar na Rússia
16-04-2022 - 12:00
 • Lusa

De acordo com Moscovo, o Governo britânico "agrava propositadamente a situação em torno da Ucrânia, enchendo o regime de Kiev de armas letais e coordenando esforços semelhantes por parte da NATO" e faz uma "campanha política e mediática desenfreada".

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está proibido de entrar na Rússia, como resposta às sanções impostas por Londres devido à invasão militar da Ucrânia, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Segundo avançou o ministério liderado por Serguei Lavrov em comunicado, a proibição de entrada no país estende-se também a outros altos responsáveis britânicos, incluindo vários membros do Governo de Boris Johnson.

“Esta medida foi tomada em resposta à campanha política e mediática desenfreada destinada a isolar a Rússia internacionalmente e criar as condições para (...) estrangular a economia nacional”, justificou a diplomacia russa.

De acordo com Moscovo, o Governo britânico "agrava propositadamente a situação em torno da Ucrânia, enchendo o regime de Kiev de armas letais e coordenando esforços semelhantes por parte da NATO".

"A política russofóbica das autoridades britânicas, que se encarregaram de promover uma atitude negativa em relação ao nosso país e de congelar laços bilaterais em praticamente todas as áreas, prejudica o bem-estar e os interesses dos habitantes da própria Grã-Bretanha", sublinharam os Negócios Estrangeiros.

Além de Boris Johnson, a proibição de entrada na Rússia abrange também o vice-primeiro-ministro Dominic Raab, a ministra dos Negócios Estrangeiros Liz Truss, o ministro da Defesa Ben Wallace, a ex-primeira-ministra e agora deputada Theresa May e a primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon, adianta a agência France-Presse.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.