O Ministério Público pediu, nesta quarta-feira, a prisão preventiva do antigo ministro da Economia Manuel Pinho e da sua mulher, Alexandra Pinho.
Os procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto consideram haver indícios de perigo de fuga, tendo em conta que o casal tem residência em Espanha (Alicante).
O pedido foi endereçado ao juiz Carlos Alexandre, no Tribunal Central de Instrução Criminal, onde estão a ser decididas as medidas de coação.
Apesar de preparado para “todos os cenários”, o advogado de Manuel Pinho, Ricardo Sá Fernandes, mostrava-se convencido de que o Ministério Público não iria promover a prisão preventiva do ex-governante no âmbito do caso EDP.
"Uma das hipóteses que está em cima da mesa é a aplicação da prisão preventiva e é evidente que, de uma forma responsável, tenho de estar preparado para todos os cenários possíveis e um dos cenários é que o Ministério Público peça essa medida de coação", acrescentou aos jornalistas, à entrada do tribunal, em Lisboa.
Manuel Pinho passou a noite no comando metropolitano da PSP, em Moscavide, onde ficou detido depois do interrogatório no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), na terça-feira.
Alexandra Pinho é suspeita de branqueamento de capitais e também deverá conhecer a medida de coação nesta quarta-feira, depois de ter sido ouvida na terça-feira à tarde.
Manuel Pinho foi constituído arguido no âmbito do caso EDP no verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo que envolve ainda o Grupo Espírito Santo.