O desemprego real é o dobro do que indicam os números oficiais divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). De acordo com o jornal “Público”, somando os que não estão disponíveis para trabalhar, os que trabalham em part-time por falta de alternativa e os ocupados do instituto do emprego, o desemprego será de 17,5% em Portugal.
O cálculo foi feito pelos investigadores Frederico Cantante e Renato Miguel do Carmo, do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) do Instituto Universitário de Lisboa.
Ao chamarem para esta “taxa de desemprego redimensionada” estes “conjuntos de pessoas que não contam” para os cálculos oficiais, os investigadores concluíram que, no pico da crise, no primeiro trimestre de 2013, o desemprego real subiu até aos 28,1% - muito acima dos históricos 17,5% admitidos então pelas estatísticas, lê-se no diário.
Ainda de acordo com os mesmos estudos, citados pelo jornal, os desempregados mantiveram-se sempre acima dos 25% até ao primeiro trimestre de 2015, tendo gradualmente começado a decrescer até aos referidos 17,5% do final de 2017.
De acordo com os números divulgados recentemente pelo INE, a taxa de desemprego em Portugal atingiu, em janeiro, o valor de 7,9%. Desde 2004, é a primeira vez que este indicador está abaixo dos 8%.
A taxa de desemprego anual de 2017 recuou para 8,9%. Em outubro de 2017, quando elaborou o Orçamento do Estado para 2018, o Governo estimava que a taxa de desemprego no ano passado ficasse em 9,2%.
Em 2016 a taxa tinha ficado pelos 11,1%.