O Presidente da República e recandidato ao cargo elogiou esta terça-feira a atuação do ministro da Administração Interna em matéria de incêndios e anunciou que, a pedido do seu homólogo da Ucrânia, irá dirigir uma mensagem de Ano Novo àquele país.
Em entrevista à RTP, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que, se se tivesse repetido a tragédia dos incêndios de 2017, não se teria recandidatado e Belém, e disse ter testemunhado que, “em matéria de fogos, o ministro foi irrepreensível”.
“Claro que não vou comentar as declarações do senhor ministro, se entusiasmado considerou que isso tinha sido decisivo na minha candidatura… foi uma interpretação do senhor ministro”, acrescentou.
Já sobre o caso a morte do cidadão ucraniano nas instalações do Serviços de Estrangeiros e Fronteiras no aeroporto de Lisboa, em março, o chefe de Estado recusou responder se Eduardo Cabrita ficou com a sua autoridade diminuída, dizendo tratar-se de “comentário político”, mas disse querer dar “uma notícia”.
“O Presidente da Ucrânia, com quem vou falar amanhã [quarta-feira], quer que eu envie uma mensagem de feliz Ano Novo para a Ucrânia, que eu vou gravar amanhã ou depois de amanhã”, disse.
Questionado se as palavras que usou sobre a necessidade de mudar de protagonistas após a morte de Ihor Homenyuk eram um convite à saída do ministro, Marcelo Rebelo de Sousa recusou essa interpretação.
“Não se aplica ao ministro, falei na administração pública, e tive o cuidado de dizer: se se apurar que não é um caso isolado”, referiu.
Na entrevista à RTP e questionado sobre o aumento de vários administradores da TAP durante um processo de reestruturação da empresa que implicará muitos despedimentos, o Presidente e recandidato deixou um apelo ao bom senso.
“Apelaria a que houvesse bom senso para não haver aumentos”, disse, apontando o exemplo do presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho, que abdicou do aumento de remuneração.
Já sobre os critérios do plano de vacinação em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa disse confiar nas decisões das autoridades sanitárias, embora admitindo que a sua “inclinação” seria incluir mais idosos neste primeiro grupo de prioritários.