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O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, enviou esta quinta-feira um pedido à diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em que requere o acesso ao parecer que sustentou a decisão da Comissão Técnica de Vacinação para a inoculação de crianças entre os cinco e os 11 anos.
“A Ordem dos Médicos tomou conhecimento, através da comunicação social, da decisão tomada pela Direção-Geral da Saúde e considera que o parecer deve ser do conhecimento desta associação pública profissional, mas também de todos os cidadãos. A confiança das populações nas instituições é crítica para o sucesso no combate à pandemia e para a própria democracia, e a transparência na vacinação das crianças é crucial para que os pais possam tomar decisões informadas”, explica o bastonário da Ordem dos Médicos.
“Entendemos também que esta decisão deve ser acompanhada da divulgação de mais dados sobre a real situação da pandemia no nosso país, o que passa por saber o impacto do vírus na população pediátrica entre os 5-11 anos, tanto em termos de número de infeções como de internamentos, eventuais mortes e sequelas”, reforça Miguel Guimarães.
O bastonário, em comunicado enviado às redações, lamenta também que, mais uma vez, não tenha sido ouvido o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.
Entretanto, a Direcção-Geral da Saúde já disse que irá divulgar uma nota técnica “relativamente extensa” e que irá resumir o parecer da comissão técnica de vacinação das crianças.
O anúncio foi feito pela a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
“São documentos internos, não são secretos - são plasmados em comunicados, fundamentam as decisões que são tomadas”, explicou a diretora-geral da Saúde.
Graça Freitas rejeitou as acusações de falta de transparência: “Esses pareceres são vertidos em notas de imprensa, comunicados e normas da DGS que remetem elas próprias para documentos e estudos e que qualquer pessoa pode consultar”.