As plataformas da Meta, como o Facebook e o Instagram, estão a analisar a possibilidade de criarem uma subscrição livre de publicidade na Europa, adiantaram duas fontes envolvidas no processo esta terça-feira.
Uma das fontes diz que vários planos de pagamento estão em discussão, mas que a cobrança de 10 euros por mês parece ser a mais consensual. A outra fonte indica que o plano vai ser implementado "nos próximos meses".
A proposta surge no contexto das novas regulações da União Europeia (UE) que ameaçam diminuir a capacidade destas redes sociais de personalizarem os anúncios para utilizadores sem o seu consentimento, pondo em causa uma das suas principais fontes de receita.
A oferta de uma opção livre de anúncios numa subscrição paga pode levar vários utilizadores a optarem pela atual versão, grátis mas com anúncios personalizados, ajudando a Meta a cumprir as regras comunitárias sem impacto no seu negócio.
A Meta foi mulada em 390 milhões de eurosno início do ano pela Comissão de Proteção de Dados da Irlanda, que a proibiu de continuar a personalizar anúncios para os utilizadores com base na sua atividade online.
Na sequência da multa, a empresa disse que pretendia passar a pedir consentimento aos utilizadores europeus antes de permitir a manutenção deste modelo de publicidade.
Um porta-voz da Meta diz que a empresa acredita nos "serviços livres com base em anúncios personalizados", mas que está a explorar "opções para garantir que cumpre os requerimentos regulatórios em evolução".
A Meta e a Comissão de Proteção de Dados irlandesa recusaram comentar as informações hoje noticiadas. A Comissão Europeia ainda não respondeu aos pedidos de comentário da Reuters.