Há entre 10 a 20 colégios em risco de fechar definitivamente. É o que revela à Renascença o diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo.
“Teremos de aguardar pelo fim das inscrições, porque há muitos colégios que estão, uns a conseguir, outros um bocadinho mais difícil, a lutar para sobreviver. Penso que nas próximas semanas teremos um cenário já definitivo e completo, mas há uma ou duas dezenas [em risco de fechar]”, afirma Rodrigo Queiroz e Melo.
Um colégio que já anunciou o seu fecho definitivo é o Colégio Salesiano de Poiares, na Régua, uma situação lamentada por este responsável.
“Temos de facto infelizmente toda uma rede educativa de qualidade em zonas deprimidas que agora desta forma desaparece e este é de facto o último ano”, reconhece.
Na sequência do encerramento destes estabelecimentos de ensino, os alunos estão a ser obrigados “a percorrer dezenas de quilómetros para ir para escolas que são piores do que os colégios que tinham nas suas terras”.
Queiroz e Melo não tem dúvidas que esta é uma medida que contribui grandemente para a desertificação do interior.
Na sua opinião, o executivo ainda pode alterar a situação, mas avisa ser preciso um compromisso sério e não, apenas, uma medida eleitoralista.
O fecho de estabelecimentos de ensino privado está relacionado com o fim dos contratos de associação. O Governo tem cortado o apoio a colégios em zonas onde diz existirem alternativas públicas.