​Acesso ao comércio, trabalho, bares e discotecas sem restrições, propõe especialista
16-02-2022 - 11:45
 • Cristina Nascimento

Peritos, reunidos para reunião do Infarmed, sugerem testagem mais dirigida a populações de maior vulnerabilidade e que o uso de máscara seja apenas obrigatório em espaços interiores públicos, serviços de saúde e transportes.

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A pneumologista Raquel Duarte apresentou, esta quarta-feira, durante a reunião no Infarmed, sobre a situação da Covid-19 em Portugal, um quadro de recomendações mais próximas da normalidade que passa por acabar com o fim de restrições no acesso ao comércio, trabalho, bares e discotecas.

Segundo a especialista há dois cenários: um de nível 0 (o mais próximo da normalidade) e outro de nível 1.

Realização de testes

No nível 1, no que diz respeito à testagem, além de uma rede sentinela, Raquel Duarte aconselha que sejam testadas com maior regularidade a população com maior vulnerabilidade, funcionários do pré-escolar, locais de maior risco de transmissão e pessoas sintomáticas em contexto de diagnóstico.

No nível 0, a testagem será apenas feita com o apoio de uma rede sentinela.

Uso de máscara

No nível um deve ser mantida em locais interiores públicos, serviços de saúde, transportes públicos e locais exteriores com concentração elevada de pessoas.

Mas no nível zero, deixam de ser obrigatórias.

Uso de certificado

Quanto ao trabalho, aos estabelecimentos comerciais, bares ou discotecas, a pneumologista recomenda que tudo se realize sem qualquer restrição. Ou seja, sugere que o uso de certificado seja apenas para acesso a serviços de saúde.

Boa ventilação e atenção a comportamentos

Defende a necessidade de uma boa ventilação dos espaços e apela ao uso de medidas de proteção sempre que se tem sintomas.

Esta especialista sublinhou a necessidade de continuar a monitorizar o que se passa na população e apelou a uma mudança de comportamentos. "Não é aceitável ir trabalhar ou socializar com sintomas, nem descurar a higienização das mãos", exemplificou.

Elegeu algumas medidas de ação que considerou essenciais, nomeadamente a monitorização, vacinação, ventilação e utilização de máscara em situação de risco, além de sugerir uma avaliação quinzenal.