O líder do executivo, António Costa, admitiu esta segunda-feira a possibilidade de Pedro Nuno Santos poder vir a liderar o PS e considerou que "chegar a primeiro-ministro sem experiência governativa é um enorme risco".
Em entrevista à CNN Portugal, quando questionado se imagina o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a liderar o PS e o Governo, o primeiro-ministro respondeu: "Sim, é provável, tem boa idade para no futuro, se for essa a vontade da generalidade dos socialistas, que seja ele".
António Costa reiterou que, quando deixar de ser secretário-geral do partido, "felizmente, o PS tem muitas e muitos recursos humanos altamente qualificados e preparados para poderem exercer funções de liderança e para poderem exercer funções de primeiro-ministro." .
O líder socialista considerou a experiência governativa "muito importante" e afirmou não ter "a menor das dúvidas de que teria sido um primeiro-ministro completamente diferente se não tivesse sido secretário de Estado, se não tivesse sido primeiro-ministro, se não tivesse sido presidente da Câmara".
"Chegar a primeiro-ministro sem experiência governativa é um enorme risco. Chegar a primeiro-ministro sem ter também outras experiências é um risco", argumentou.
Costa afirmou que uma das suas preocupações, relativamente à qual tem sido "razoavelmente bem sucedido", é a de enquanto líder também do PS é ter procurado criar oportunidades para toda a a gente das novas gerações poderem ganhar experiência e, com isto, o PS poder para o futuro - e para o presente - ter quadros altamente qualificados que assegurarão a governabildiade".
"Sabe que nunca tive a ideia de ser eterno", acentuou, na entrevista conduzida pela jornalista Anabela Neves.
Quanto às legislativas de 30 de janeiro, o líder socialista repetiu que a escolha em 30 de janeiro é "razoavelmente simples": "há verdadeiramente dois candidatos a primeiro-ministro: eu próprio, que me apresento mais uma vez, e o doutor Rui Rio. Portanto, a solução natural a seguir às eleições há de ser ou um ou outro".