A greve dos tripulantes de cabine da Ryanair contou esta quinta-feira com uma adesão a rondar os 70% em Portugal, avança o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
Um total de 28 voos da companhia aérea "low cost" tinha sido cancelados, até às 17h30. Seis voos foram cancelados no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa; 13 no aeroporto Sá Carneiro, no Porto; e nove no aeroporto de Faro.
O SNPVAC acusa a Ryanair de recorrer a trabalhadores em dia de folga para atenuar os efeitos da paralisação. Sem essa medida, a adesão teria sido superior a da greve da Páscoa.
“Esta greve teve um impacto operacional quase igual à greve realizada na semana da Páscoa, mas alguns voos foram operados por pessoas que estavam em dia de folga, o que significa que o impacto de adesão dos tripulantes foi superior. Enquanto na Páscoa conseguiram operar meia dúzia de voos com as pessoas que foram trabalhar, agora, organizaram-se melhor e tiveram que chamar pessoas que estavam de folga”, disse à Renascença Fernando Gandra, dirigente do SNPVAC.
Além de Portugal, os tripulantes de cabine da Ryanair de Itália, Espanha e Bélgica também estão em greve.
Por cá ainda não há uma decisão sobre o próximo passo, mas Fernando Gandra garante que os trabalhadores não estão dispostos a recuar e aguardam um pedido de reunião por parte da empresa.
O sindicato garante que os tripulantes não vão “desistir da sua luta” e “deixaram de ter medo das retaliações com que a Ryanair permanentemente os ameaça”.