A greve dos enfermeiros, a decorrer esta quinta-feira, está a registar uma adesão de entre 70 e 90%. Os números foram avançados pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Em conferência de imprensa, à porta do Hospital de São José, em Lisboa, o coordenador sindical, José Carlos Martins, aludiu a uma adesão expressiva que traduz o descontentamento dos enfermeiros.
"Em Leiria não há cirurgias a funcionar, no Egas Moniz 78,6%, no São João [no Porto] 79%, enfim, uma adesão extremamente elevada que traduz a instatisfação dos enfermeiros."
Nas declarações aos jornalistas, o dirigente lembrou as reivindicações da classe que motivaram esta paralisação.
"Primeiro a justa contagem de todos os pontos para efeitos do descongelamento das progressões a todos os enfermeiros, sejam eles da função pública ou não, a segunda é a aplicação correta do pagamento do suplemento remuneratório a todos os enfermeiros que sejam especialistas e, por último, uma questão central que é o fortíssimo movimento de exigência da demissão de enfermeiros."
A paralisação em curso, que teve início à meia-noite desta quinta-feira, vai prolongar-se até às 20h.