O Governo espera 70 mil investidores internacionais em Lisboa na próxima edição da Web Summit, o correspondente a mais 10 mil do que no ano passado.
Os números foram avançados à Renascença pelo ministro da Economia esta segunda-feira. Para aproveitar o capital ao máximo, Manuel Caldeira Cabral reforçou hoje o programa "Startup Portugal+" com o lançamento de 20 novas medidas de apoio ao empreendedorismo, algumas delas já em vigor.
"Algumas destas medidas são exatamente para implementar até ao Web Summit, outras como o Startup Voucher entram em vigor já hoje, o incentivo fiscal está também já em vigor, portanto algumas estarão já prontas para o Web Summit e servirão nesse sentido também para mostrar aos - 60 mil foi no ano passado, este ano já se estima que sejam 70 mil - investidores internacionais que em Portugal têm as melhores condições para trazerem a sua startup, para fazerem investimentos em startups, para fazerem crescer empresas tecnológicas, é isso que queremos. A Web Summit tem sido uma grande montra para Portugal, mas o que queremos é, nessa montra, mostrar as melhores políticas, as melhores empresas, a melhor capacidade de resposta do país."
Questionado sobre a próxima cimeira tecnológica, que vai estar a decorrer em Lisboa entre 5 e 8 de novembro, o ministro da Economia não garante que esta seja a última edição da Web Summit em Portugal. Isto porque, refere Manuel Caldeira Cabral, as negociações ainda estão em curso.
"A negociação está avançada e, de facto, as perspetivas são positivas. Queremos que a Web Summit cá continue e penso que os responsáveis pela Web Summit que mudaram a sede da sua própria organização para Portugal estão também empenhados em cá continuar e portanto penso que vamos conseguir um bom resultado."
Na apresentação das novas medidas de apoio às startups, esteve também presente o primeiro-ministro, que sublinhou a importância da inovação e da internacionalização, mas também da descentralização.
Neste contexto, deu o exemplo de Bragança, distrito que tem "um estabelecimento de ensino superior com o maior número de patentes registadas". Isto, acrescentou, significa que "a criatividade não tem de estar só onde há surf, pode estar também onde se pratica outro tipo de atividades."