Um comunicado assinado pelo próprio bispo de Portalegre-Castelo Branco, divulgado esta quinta-feira, confirma que a Comissão Independente que investigou os abusos na Igreja Católica recebeu “denúncias relativas a cinco alegados casos de abuso sexual ocorridos no território da Diocese de Portalegre-Castelo Branco e referentes a membros do clero”.
“Na visita do Grupo de Investigação aos nossos Arquivos Diocesanos, em 29 de dezembro de 2022, viemos a saber que os alegados abusos, praticados por membros do clero, terão ocorrido entre 1958 e 1981 em situações e circunstâncias diferentes”. Em três dos casos “não era referido o nome dos abusadores”, apenas em dois, que são os que constam da lista entre na passada sexta-feira pelo presidente da Comissão Independente, em Fátima.
Os nomes são “os mesmos de que já fora informado aquando da consulta aos arquivos, em 29 de dezembro de 2022. Os dois já faleceram. Um, na década de 60, outro na década de 80, e não em 2008, como há dias, por lapso, informei a SIC”, escreve D. Antonino Dias.
O bispo acrescenta que “se a identidade de alguma alegada vítima vier a ser conhecida, agiremos em conformidade”, e que a diocese “tudo fará para que os abusos de menores e pessoas vulneráveis nunca venham a ter lugar, adotando a tolerância zero”.
O breve comunicado termina com a confirmação de que recentemente a diocese teve conhecimento “de um alegado abuso por parte de um leigo, numa instituição da Igreja diocesana, estando em curso os respetivos procedimentos”.