O grupo de 20 pessoas repatriadas da China deixou este, sábado, o Hospital Pulido Valente, em Lisboa, depois de duas semanas em isolamento voluntário.
Os 18 portugueses e dois brasileiros deixam a quarentena depois da última bateria de análises ter confirmado que não contraíram o novo coronavírus, durante a sua estada na cidade de Wuhan, o epicentro da doença.
Em declarações aos jornalistas à saída do hospital, Millene Fernandes não escondeu a alegria por deixar o isolamento.
"Dizer muito obrigado ao hospital, a todos os funcionários que estiveram presentes neste período, o tratamento, a atenção, o respeito. É um sentimento de alegria. Estou muito feliz, muito contente em poder sair", afirma a cidadã brasileira.
A Renascença falou na sexta-feira com um dos elementos deste grupo. Luís Estanislau revelou a sensação de alívio depois de os resultados das análises terem dado negativo.
“Nunca fomos considerados doentes e não estamos doentes. Possivelmente, não vamos usar as máscaras, mas todos os outros cuidados vamos manter, como desinfetar as mãos e manter aquela distância de segurança. Depois também temos uma série de contactos com profissionais de saúde, desde psicólogos e médicos, com quem podemos entrar em contacto a qualquer hora do dia, caso haja necessidade”, explicou o preparador físico do do clube chinês Hubei Chufeng Heli.
Depois da ansiedade para conhecer os resultados dos exames, Luís Estanislau revela que o grupo está agora ansioso por retomar uma vida normal e voltar a abraçar família e amigos.
“Muitos de nós já não veem a família há algum tempo e estamos ansiosos por voltar para as nossas casas, às nossas famílias e amigos e desfrutar de algum tempo útil e bom com os nossos familiares enquanto a situação não normaliza na China, para depois podermos voltar.”
O treinador de futebol em Wuhan espera regressar à China assim que possível, para retomar o seu projeto desportivo.
“Falo por mim e pelos membros da equipa técnica que trabalham comigo. Temos contrato e a nossa ideia é voltar à China assim que houver condições para o fazer. É uma questão de tempo”, afirma Luís Estanislau.