A Polícia Judiciária (PJ) está a realizar buscas na Câmara Municipal de Cascais (CMC), presidida por Carlos Carreiras.
A investigação visa o Executivo que Miguel Pinto Luz, agora ministro das Infraestruturas e da Habitação, integrou como vice-presidente. A informação está a ser avançada pela revista Sábado.
De acordo com a publicação, as buscas estão relacionadas com uma fábrica de máscaras cirúrgicas que Cascais criou para responder à pandemia de Covid-19.
“A Câmara está a prestar toda a colaboração”, disse fonte oficial da autarquia à revista.
Já o jornal Público escreve que em causa estará um negócio da Câmara de Cascais com uma empresa chinesa para fabricar máscaras que teve como finalidade a venda de três imóveis a preço de custo. Imóveis que terão sido avaliados em mais de 1,9 milhões e que foram vendidos por 1.750.000 euros.
A publicação acrescenta que o Tribunal de Contas (TdC), que fez uma auditoria para apuramento de responsabilidades financeiras, concluiu que o negócio não foi transparente, nem devidamente justificado, mas os membros do executivo camarário não podem ser responsabilizados.
Fonte da PJ confirmou à Renascença as buscas à autarquia, adiantando tratar-se de diligências para recolha de informação.
Recorde-se que a autarquia de Cascais lançou em junho de 2020 a produção própria de máscaras destinadas à população.
Na altura foram disponibilizados 400 dispensadores com máscaras pelo concelho e distribuídas gratuitamente aos utilizadores de transportes públicos, onde o equipamento de proteção era de uso obrigatório na sequência das medidas de prevenção da Covid-19.