O Presidente americano garante que o líder do autodenominado Estado Islâmico (EI) foi morto na Síria. À Renascença, Rui Pereira, antigo ministro da Administração Interna e especialista em segurança e criminalidade, não acredita que seja o fim da rede terrorista, mas fala dum golpe muito forte.
“Neste caso, a morte deste líder pode significar, não a morte definitiva do terrorismo de inspiração fundamentalista, mas de um golpe muito, muito profundo no Estado Islâmico que já estava enfraquecido por causa da perda da sua base territorial”, sublinhou.
Foi Abu Bakr al-Baghdadi quem anunciou a criação do alegado "califado" em áreas do Iraque e da Síria. Milhões de seguidores acreditavam que ele era descendente da tribo do profeta Maomé e foi sob a sua orientação direta ou inspiração do autodenominado Estado Islâmico semeou o terror ao longo dos últimos anos, não só no Médio Oriente, mas em atentados um pouco por todo o mundo.
Rui Pereira acredita que desta vez a morte de al-Baghdadi é para levar a sério, embora deixe algumas críticas ao tom usado pelo Presidente do Estados Unidos.
“Mais uma vez, o comentário do sr. Trump seja um pouco desfasado”.
“Morreu como um cão, como um covarde”, disse Donald Trump em conferência de imprensa. Ao confirmar o ataque, o Presidente indicou que o chefe do Estado Islâmico havia detonado um “casaco” de explosivos que vestia.
“As forças especiais dos EUA executaram um perigoso e ousado ataque noturno no noroeste da Síria e cumpriram a sua missão em grande estilo", garantiu.
O porta-voz do grupo Estado Islâmico (EI) também foi morto num novo ataque no norte da Síria, indicou um oficial das forças curdas, após a morte revelada por Washington do chefe da organização ultrarradical islâmica.
Abu Hasan Al-Muhajir foi “alvejado” na aldeia de Ain al-Bayda, na província de Alepo, no norte da Síria.