Uma "guerra longa e difícil" que entra agora na sua "segunda fase". O primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, falou pela primeira vez desde a ofensiva do Hamas de 7 de outubro, que fez mais de 1.400 vítimas mortais e mais de 200 reféns, prometendo que o país "fará tudo para o regresso" daqueles que desapareceram e avisando que o objetivo passa por "acabar com o inimigo".
Garantindo que Israel vai lutar "por terra, por ar e por mar", Netanyahu alertou as populações civis em Gaza para se mobilizarem para "zonas seguras", afirmando que o objetivo da operação israelita passa por "terminar com a capacidade militar do Hamas" e extinguir o grupo palestiniano.
A conferência de imprensa aconteceu após uma reunião com familiares dos reféns do Hamas, em Telavive, nas instalações do Ministério da Defesa israelita, com Netanyahu a garantir que Israel vai "esgotar todas as possibilidades para trazer reféns para casa" e relembrou que que "sequestro é crime contra a humanidade". "Aqueles que nos acusam de crimes de guerra são hipócritas", acrescentou, acusando também o Hamas de usar hospitais como centros de comando.
O primeiro-ministro israelita afirma que os “soldados sabem que o governo e o povo estão a seu lado” e que "a guerra dentro da Faixa de Gaza será difícil e longa", descrevendo-a como a "segunda guerra pela independência de Israel".
"Mantemo-nos juntos, unidos e temos a certeza de que esta é a missão da nossa vida, a missão da minha vida.”
Falando a seguir, o ministro da Defesa, Yoav Galant, afirma que o exército israelita está a "infligir duros golpes ao Hamas" e que Israel "não tem qualquer interesse em expandir a guerra a outros países", as que "estão preparados para todas as frentes".
"Quanto mais pressão for feita ao Hamas, maior é a probabilidade de devolverem reféns", afirma.