O Papa Francisco alertou que "só estando do lado dos mais fracos poderemos sair verdadeirametne todos da pandemia", em declarações ao Conselho Ecuménico das Igrejas na República Eslovaca, na sua visita, deste domingo, ao país europeu.
O sumo pontífice pediu "ação" à comunidade eslovaca, pois a unidade é alcançada "sobretudo, fazendo algo em conjunto por aqueles que mais nos aproxiam do Senhor".
"Embora ainda não possamos partilhar a mesma Mesa Eucarística, podemos hospedar juntos Jesus, servindo-O nos pobres", apontou ainda.
O Papa Francisco destacou que a sua visita à Eslováquia é um sinal "de que a fé cristã é e quer ser neste país semente de unidade e fermento de fraternidade".
O sumo pontífice avisou ainda que viver a fé em liberdade "é belo, mas ao mesmo tempo difícil" e que se deve evitar a tentação de "voltar a ser escravo, não certamente de um regiem, mas de uma escravidão ainda pior: a interior".
"Os homens estão dispostos a trocar, de boa vontade, a sua liberdade por uma escravidão mais cómoda – a de sujeitar-se a quem decida por eles –, contanto que tenham pão e segurança", alertou, referenciando "O Grande Inquisidor" de Dostoiévski.
"Ajudemo-nos a não cair na armadilha de
nos contentarmos com pão e pouco mais. Pois este risco sobrevém quando a situação se normaliza,
quando nos estabelecemos e acomodamos desejando levar uma vida tranquila", apelou.
Visita termina na quarta-feira
Depois de passar a manhã na Hungria, a viagem do Papa Francisco continua, este domingo à tarde, na Eslováquia. Chegado a Bratislava vai promover um encontro ecuménico, pelas 16h30, na Nunciatura Apostólica; uma hora depois, como habitualmente acontece nas viagens internacionais, tem lugar um encontro privado com membros da Companhia de Jesus (Jesuítas).
A cerimónia oficial de boas-vindas acontece a 13 de setembro, no Palácio Presidencial em Bratislava, pelas 9h15, seguindo-se a visita de cortesia ao chefe de Estado eslovaco e o encontro com autoridades, representantes da sociedade civil e o corpo diplomático.
A Catedral de São Martinho, em Bratislava, recebe o encontro do Papa com bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas, seminaristas e catequistas da Eslováquia; de tarde, Francisco faz uma visita privada ao “Centro Belém” em Bratislava, antes de encontrar-se com a comunidade judaica na Praça ‘Rybné námestie’.
O segundo dia de viagem conclui-se com visitas do presidente do Parlamento e do primeiro-ministro eslovacos à Nunciatura Apostólica.
A 14 de setembro, Francisco segue para Kosice, 400 quilómetros a leste de Bratislava, uma região próxima da Ucrânia, onde preside à Divina Liturgia Bizantina de São João Crisóstomo; de tarde, o Papa encontra-se com a comunidade cigana no bairro Lunik IX, antes de uma celebração com os jovens eslovacos no Estádio Lokomotiva, pelas 17h00.
O último dia da viagem, 15 de setembro, começa no Santuário Nacional de Sastin, cerca de 70 quilómetros a norte de Bratislava, que São João Paulo II visitou em 1995, com um momento de oração e a celebração da Missa.
A cerimónia de despedida, no Aeroporto Internacional de Bratislava, acontece às 13h30.