O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirma que a imagem da Grécia no exterior mudou e que o país passou a ser "um oásis de estabilidade no meio de uma região instável".
Tsipras fez estas declarações numa conferência de imprensa em Salónica.
O primeiro-ministro rejeitou o pedido do líder da oposição, Kyriakos Mitsotakis, para a convocação de eleições antecipadas e afirmou que "o país não precisa de eleições, precisa de estabilidade".
Mitsotakis e outros líderes políticos têm reclamado a demissão de Tsipras, numa altura em que as sondagens apontam para uma vantagem do partido conservador Nova Democracia, em relação ao Syriza, liderado pelo actual primeiro-ministro.
Reiterando o que já tinha afirmado na véspera num discurso para agentes económicos, Tsipras mostrou-se convencido de que a segunda avaliação ao actual programa de resgate, que vai começar em Outubro, será concluída com êxito.
Em relação ao objectivo de conseguir um alívio da dívida, afirmou que foi uma promessa que deve ser cumprida, mas considerou que as divergências entre as instituições europeias e o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta matéria estão "a atrasar o esforço de recuperar a confiança dos mercados".
O primeiro-ministro grego manteve também a exigência de redução dos objectivos para um excedente orçamental primário a partir de 2019.
O programa de resgate prevê que, a partir de 2018, o excedente primário se situe em 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a Grécia pretende que seja reduzido gradualmente para 2%.
Tsipras recordou que na reunião do Eurogrupo de maio se decidiu que a Grécia não deve destinar mais de 15% do seu PIB para o serviço de dívida.
"Os nossos cálculos mostram que isso pode ser alcançado se for reduzido o objectivo para o excedente primário", salientou.
Nesse contexto, há que deixar de lado a discussão sobre "como vamos cortar nos gastos e iniciar o debate sobre como aumentamos as receitas", apontou.
O primeiro-ministro grego disse ainda que o país já deveria ter sido incluído no programa de compra de dívida do Banco Central Europeu (BCE), lançado há mais de um ano com o objectivo de estimular a economia dos países da zona euro.