Os Democratas confirmaram a nomeação do ex-vice-presidente Joe Biden como candidato contra Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em 3 de novembro, durante a convenção nacional do partido.
Sem surpresa, a maioria dos delegados escolheu o antigo vice-presidente para enfrentar o Presidente republicano, durante o segundo dia da convenção do partido, realizada de forma inteiramente virtual, por causa da pandemia.
Biden conseguiu o apoio de 3.558 delegados, em comparação com 1.151 para o senador mais à esquerda Bernie Sanders.
"Obrigado do fundo do meu coração", disse Joe Biden, numa mensagem de vídeo ao vivo.
O antigo Presidente Bill Clinton e o antigo secretário de Estado John Kerry, candidato à presidência em 2004, foram as estrelas desta segunda noite, marcada igualmente pela presença do antigo Presidente Jimmy Carter, com 95 anos.
Bill Clinton criticou o Presidente republicano, apontando o seu fracasso nas políticas económicas. "Donald Trump diz que estamos a liderar o mundo. Bem, somos a única grande economia industrial a ter triplicado a taxa de desemprego", ironizou Clinton.
"Numa altura como esta, a Sala Oval devia ser um centro de comando. Em vez disso, é um centro de tempestade. Só há caos", acusou.
A 77 dias das eleições, Joe Biden não tem, no entanto, a história do seu lado.
Nas últimas quatro décadas, só um Presidente em funções foi derrotado: George H. W. Bush, em 1992, por Bill Clinton.
Biden enfrenta desafios sem precedentes para transmitir a sua mensagem, durante uma convenção totalmente virtual, devido à Covid-19.
A convenção democrata, em modo virtual, decorre na cidade de Milwaukee, no estado do Wisconsin, até quinta-feira, quando Joe Biden deverá fazer o discurso de aceitação da candidatura democrata.
A seu lado estará a senadora da Califórnia Kamala Harris, terceira mulher a ser designada como candidata a vice-Presidente nos Estados Unidos, depois da democrata Geraldine Ferraro em 1984 e da republicana Sarah Palin em 2008, que não foram eleitas.