Portugal vai reforçar a missão das Nações Unidas no Mali nos próximos seis meses com um contingente de 65 militares e uma aeronave da Força Aérea que pretende "implementar e consolidar um processo de transição para paz" no país.
Portugal reforça missão da ONU no Mali com 65 militares e aeronave durante seis meses
Os militares, que chegaram à capital do Mali, Bamaco, na segunda-feira, compõem a Força Nacional Destacada na Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (MINUSMA).
O grupo de militares, que realiza agora um isolamento profilático obrigatório de 15 dias, tem por objetivo "implementar e consolidar um processo de transição para a paz naquele país", segundo uma nota publicada esta terça-feira no portal do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) portuguesas.
"Das suas tarefas farão parte assegurar o transporte aéreo, as evacuações aeromédicas e a proteção do Campo Bifrost", acrescenta a nota, que especifica o destacamento, também, de uma aeronave C-295M.
Portugal tem contribuído para missões no Mali desde 2014, tendo destacado várias forças nacionais, assim como aeronaves C-130H e C-295M, assim como respetiva tripulação e pessoal de apoio.
De acordo com os dados do EMGFA, "até ao momento foram efetuadas cerca de 1225 horas de voo, transportados mais de 12590 passageiros e 910 toneladas de carga em apoio às mais diversas missões militares e civis de estabilização do Mali".
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 4.000 pessoas foram mortas em ataques terroristas em 2019 no Mali, Burkina Faso e Níger, tendo o número de pessoas deslocadas aumentado 10 vezes, ficando próximo de um milhão.
Independente desde 1960, o Mali viveu, em 18 de agosto do ano passado, o quarto golpe militar na sua história, depois dos episódios ocorridos em 1968, 1991 e em 2012.
A instabilidade que afeta o Mali começou com o golpe de Estado em 2012, quando vários grupos rebeldes e organizações fundamentalistas tomarem o poder do norte do país durante 10 meses.