A China iniciou exercícios navais militares, que incluem fogo real, em seis áreas marítimas em redor da ilha de Taiwan, anunciados na sequência da visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, ao território.
Momentos depois de Pelosi ter aterrado na terça-feira em Taiwan, território que a China reivindica como uma província separatista, Pequim anunciava que entrava em "alerta máximo" e que ia lançar "uma série de operações militares", que classificou como "contramedidas".
Os exercícios, que irão prolongar-se até domingo, incluem "disparos de munições reais de longo alcance" no Estreito de Taiwan, que separa o território da China continental.
Segundo as coordenadas avançadas pelo exército chinês, em certos locais, as operações vão aproximar-se até 20 quilómetros da costa de Taiwan.
Nas horas seguintes à chegada de Pelosi, que após um encontro com a Presidente de Taiwan Tsai Ing-wen prosseguiu o seu périplo asiático e rumou à Coreia do Sul e ao Japão, as autoridades taiwanesas denunciaram a entrada de mais de 40 aviões militares chineses no espaço de defesa aérea de Taiwan.
Apesar de viveram autonomamente desde então, a China considera Taiwan como parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força se a ilha declarar a independência.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, reitera a posição do G7 sobre estes exercícios militares anunciados pela China. Através das redes sociais escreve que “não há justificação para usar uma visita como pretexto para atividade militar agressiva no Estreito de Taiwan”.
Josep Borrell encoraja todas as partes a “manterem a calma, a moderação, e a agir com transparência”.