Cumpriram-se ontem à noite cinco jornadas da nossa primeira Liga, cujo calendário comporta 34 ao todo e, muito mais cedo do que é habitual, começámos a ouvir lamentos sobre o cansaço de jogadores, sob a alegação de que, na grande maioria, estão a disputar jogos no curto espaço de três em três dias.
As condições atuais, suscitadas por uma pandemia que nos tem atormentado a todos e assim vai continuar, não têm tornado possível tomar decisões diferentes e modificar calendários noutro sentido.
Por isso, se os clubes não dispõem de plantéis que lhes permitam enfrentar todas as dificuldades, terão que se conformar com a situação atual.
Apesar de tudo isto não deixa de haver alguma surpresa nesse rol de queixas que alguns treinadores deixam cair com demasiada frequência. Estamos apenas com cinco jogos realizados no nosso campeonato, tendo havido somente um jogo de exigência máxima, exatamente aquele que se disputou em Alvalade entre o Sporting e o Porto.
A carga maior, entende-se, chega, portanto, das competições europeias. Mas também aqui não se deixa de manifestar alguma surpresa. O campeão em título realizou apenas um jogo, o vice-campeão Benfica pouco mais, dois jogos. E os leões estão já desobrigados desses compromissos por ter caído frente aos austríacos do Lask Linz.
Aceita-se que a sobrecarga dos próximos tempos acabe por justificar os lamentos que cedo começaram a escutar-se.
Por enquanto, parece-nos demasiado cedo, pelo que essas queixas só poderão estar relacionadas com algumas exibições menos conseguidas.