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A terceira medalha portuguesa, a esperança em Pedro Pichardo, o diploma na vela, o regresso de Simone Biles, o estrondoso recorde do mundo dos 400 metros barreiras e a "dobradinha" na velocidade são destaques desta terça-feira dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Fernando Pimenta conquistou a medalha de bronze em K1 1.000 metros e, a juntar à prata em K2 5.000m em Londres 2012 (com Emanuel Silva), tornou-se apenas o quarto português a arrecadar duas medalhas em Jogos Olímpicos. Junta-se ao clube dos maiores atletas nacionais de todos os tempos: Carlos Lopes, Rosa Mota e Fernanda Ribeiro.
É a terceira medalha portuguesa em Tóquio 2020, o que permite igualar Los Angeles 1984 e Atenas 2004, os melhores registos de sempre. Está ultrapassado o objetivo acordado com o Governo para este ciclo.
Não será irrealista sonhar com uma quarta medalha, que daria a Portugal o melhor resultado da história em Olimpíadas. Isto porque Pedro Pichardo apurou-se para a final do triplo salto com o melhor ensaio da qualificação: um "voo" de 17,71 metros à segunda tentativa.
Nélson Évora, o único campeão olímpico português deste século, despediu-se de Jogos com uma lesão e foi abraçado por todos os que estavam em pista. Tiago Pereira também não se qualificou.
Houve mais um diploma para Portugal, o sétimo (excluindo medalhas). Os velejadores portugueses Jorge Lima e José Costa alcançaram o sétimo lugar em 49er, igualando a melhor prestação nacional de sempre na classe, obtida em Sydney 2000 por Afonso Domingues e Diogo Cayolla.
Também em vela, mas em 470, Diogo e Pedro Costa falharam o acesso à regata das medalhas e despediram-se de Tóquio na 15.ª posição final.
Francisco Belo teve de esperar uma hora para saber se tinha passado à final de lançamento do peso. O português tinha ficado aquém da marca mínima de qualificação e, no segundo grupo, sete lançadores fizeram melhor do que ele, pelo que ficou fora da prova decisiva.
De volta à canoagem, Teresa Portela teve a infelicidade de ficar na meia-final de K1 200 metros mais forte e foi eliminada com melhor tempo do que a primeira classificada da outra série. Na final B, mostrou o que valia, ao vencer de forma clara, e terminou a prova em 10.º na geral.
No hipismo, a cavaleira portuguesa Luciana Diniz apurou-se para a final do concurso de saltos. A atleta de 50 anos foi uma das 30 mais rápidas e vai disputar a final na quarta-feira.
Quem ainda vai disputar semifinais, ainda que no atletismo, é a velocista Cátia Azevedo, que se apurou, nos 400 metros, ao ser terceira classificada na segunda série das eliminatórias, com o tempo de 51,25 segundos.
No panorama internacional, o destaque vai para Simone Biles. Os problemas de saúde mental tinham-na levado a abdicar de todas as outras finais. Na derradeira oportunidade, a ginasta norte-americana disse presente e conquistou a medalha de bronze na final da trave.
O outro rei do dia foi Karsten Warholm, que venceu a medalha de ouro dos 400 metros barreiras. O norueguês bateu o próprio recorde do mundo, que estabelecera no início de julho, por quase um segundo e tornou-se no primeiro da história da distância a correr abaixo dos 46 segundos.
A final dos 800 metros sorriu a uma atleta de apenas 19 anos. A norte-americana Athing Mu liderou a corrida do princípio ao fim e fixou um novo recorde nacional absoluto, com o tempo de 1.55,21 minutos.
A polaca Anita Wlodarczyk conseguiu conseguiu uma histórica terceira medalha de ouro olímpica consecutiva no lançamento do martelo. Com 78,48 metros, repetiu os triunfos de Londres 2012 e Rio 2016.
A jamaicana Elaine Thompson-Herah fez a "dobradinha" na velocidade, ao conquistar a medalha de ouro nos 200 metros, que juntou à vitória nos 100 metros. Desta feita, não bateu recordes, porém, com um tempo de 21,53 segundos, deixou a concorrência a quase 20 centésimas.