O bispo de Portalegre-Castelo Branco afirma que Jesus foi “o maior líder da história de todos os tempos”, na caminhada para o Natal o Presépio “manifesta a ternura de Deus” e “envolve na história da salvação”.
“Celebrar o Natal é pôr-se a caminho e deixar-se encontrar por Jesus, é converter-se, é renovar-se, é rasgar horizontes mais solidários e fraternos, é mudar a história da sua própria vida e, pensando sobretudo nos que não têm voz, é comprometer-se na construção do bem comum, com criatividade, inteligência e disponibilidade”, escreveu D. Antonino Dias.
Numa reflexão intitulada ‘Do presépio à responsabilidade social’, o prelado assinala todo o cidadão “está desafiado à participação e deve fazer-se protagonista” na construção da causa pública, “com muita mais razão” um cristão deve “sentir essa alegria e responsabilidade, esse direito e dever”.
O bispo de Portalegre-Castelo Branco observa que “é verdade” que os tempos mudam mas Deus “não muda, nem os Seus planos” e na fé cada pessoa vai encontrar “o essencial” que “faz entender e caminhar por caminhos que libertam e ajudam a libertar”.
“Descobrir e ajudar a descobrir a dignidade de cada pessoa humana é tarefa essencial da Igreja, e a Igreja somos todos os batizados”, acrescenta, no artigo publicado no Facebook.
Neste contexto, assinala que Jesus se “empenhou como ninguém” no bem-estar e transformação das pessoas, das famílias e da sociedade: “Irradiava simpatia e nunca se desviou da Sua missão e estilo.”
Não é possível celebrar verdadeiramente o Natal esquecendo, negando ou minimizando a pessoa de Jesus para promover e idolatrar, sobretudo junto das crianças, o pai natal e o consumismo”.
O responsável católico refere que Jesus “ensinava com autoridade, clareza e humildade”, vivia “comprometido pelo bem de todos”, especialmente com os pobres e marginalizados, e “denunciou o erro e as injustiças sociais”.
“Em escolas e universidades, estudam-se muitas pessoas ilustres, o que disseram e fizeram, e bem. Nenhuma, porém, tão ilustre e tão revolucionária como Jesus a influenciar as dinâmicas da história, a promover a dignidade e a convivência humana e o progresso dos povos em amor e paz”, desenvolve.
D. Antonino Dias começa o seu artigo a explicar que a “democracia é simpática, é um valor”, favorece o exercício da cidadania mas observa que, hoje, “existe um certo desencanto e desinteresse dos cidadãos pela política”.