A coligação PSD/CDS ganhou as eleições, pode perder a maioria, mas defende que deve governar. Na oposição ouvem-se vozes a defender que Passos e Portas não têm condições para governar.
“Quem ganha as eleições deve governar e nós estamos preparados”, afirmou Assunção Cristas, dirigente do CDS e ministra da Agricultura e Mar.
O ministro da Economia foi questionado sobre a possibilidade de o Presidente da República convidar os partidos de esquerda para formar Governo. Pires de Lima respondeu: “Já não se trata de uma fraude política, a confirmarem-se estes resultados estaríamos perante uma obscenidade política se fosse António Costa a liderar um Governo, próprio derrotado no PS”.
As projecções de resultados das legislativas apontam para "uma grande vitória" da coligação PSD/CDS-PP, disse o vice-presidente do PSD. Marco António Costa disse esperar que esta possa formar "um Governo estável".
O vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo defendeu que as projecções apontam para que a coligação tenha uma "legitimidade acrescida" e que o PS não tenha perdido "por poucochinho", mas com uma "derrota clara".
Perante os resultados, o vice-presidente do CDS Diogo Feio diz àRenascença que a vitória é "muito clara" e que a "coligação está em perfeitas condições para gerar um governo para Portugal".
Na primeira reacção oficial do PS, o director de campanha Duarte Cordeiro disse admitiu que os socialistas falharam o objectivo de ganhar as eleições, mas a coligação também falhou. "Acreditamos que não há maioria parlamentar para nenhuma das candidaturas nestas eleições. A coligação PSD/CDS perdeu a maioria que tinha, ficando agora em minoria", disse Duarte Cordeiro.
A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, afirma que a coligação PSD/CDS não terá condições para governar sem uma maioria absoluta. "Não será pelo Bloco que a maioria consegue formar Governo", frisou.
O líder da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda está em sintonia com Catarina Martins. "Sabemos que há ainda a possibilidade de PSD/CDS terem maioria absoluta. Para nós era importante que isso não acontecesse. Porque perdendo a maioria absoluta, perdem também o Governo", defendeu Pedro Filipe Soares.
Paulo Raimundo, membro da comissão política do comité central do PCP, também afirma que sem maioria absoluta, Passos e Portas ficam sem condições para comandar o país. "Eles ficam com menos espaço para continuarem, sem maioria absoluta. Sozinhos não têm condições para o fazer e é preciso alguém para o fazer. É preciso alguém que lhe dê esse auxílio e, da nossa parte, não o terão. Não podem fazê-lo sozinhos e, portanto, dificulta-os", afirmou.