Jerónimo diz que hoje "é mais fácil" perceber razões do PCP para realizar "rentrée"
05-09-2021 - 21:25
 • Lusa

A 45ª Festa do Avante termina este domingo e representou o ponto alto das comemorações do centenário do PCP.

O secretário-geral do PCP considerou este domingo que existiram tentativas de impedir a realização da Festa do Avante! em pandemia, negando "motivações financeiras" e defendendo que "hoje é mais fácil" perceber "quão justas" eram as razões do partido.

Jerónimo de Sousa falava no comício da 45ª edição da Festa do Avante!, que tradicionalmente encerra o certame político-cultural, num discurso em que respondeu a algumas críticas, afirmando que houve quem tentasse "silenciar" o partido em tempos de pandemia. .

"Quiseram silenciar-nos, quiseram limitar a ação deste partido indispensável à luta dos trabalhadores e das populações. Quiseram impedir a Festa do Avante!, insinuaram maldosamente motivações financeiras", declarou.

O líder comunista negou que estas tenham sido as motivações para o partido ter realizado a Festa do Avante! em pandemia - facto que em 2020 motivou polémica, de partidos e algumas personalidades públicas.

"Se fossem essas as nossas motivações não a teríamos realizado! Hoje é mais fácil perceber quão justas eram as nossas razões", vincou o secretário-geral.

Jerónimo de Sousa defendeu que "era preciso travar as pretensões dos senhores do medo e do mando, os senhores do dinheiro e as forças que os servem que aspiravam a limitar o exercício das liberdades, minar a democracia, dificultar o protesto e proibir a luta social e a ação coletiva nas empresas, no espaço público e nas instituições e levar longe, a pretexto da epidemia, a intensificação da exploração do nosso povo". .

"Era necessário dar confiança e esperança", sublinhou, "combater o medo e ao mesmo tempo exigir as medidas e soluções para salvaguardar a saúde de quem vive e trabalha neste país, como sempre o fizemos, lutando e propondo medidas concretas, da vacinação à testagem e ao reforço do Serviço Nacional de Saúde". .

Por essas razões, defendeu o secretário-geral, o partido não aceitou "desde a primeira hora, nem que o vírus infetasse os direitos, nem que a luta fosse confinada , deixando o grande capital em roda livre".

A 45ª Festa do Avante termina este domingo e representou o ponto alto das comemorações do centenário do PCP. O certame anual comunista teve este ano uma lotação máxima de 40.000 visitantes, mais 23 mil do que em 2020, ainda com limitações devido ao contexto de pandemia da covid-19 (como a apresentação de certificado digital de vacinação ou teste negativo). .