O Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa recebe até ao 25 de Abril aquele que é o mais antigo festival de poesia do país, fundado há 39 anos.
De acordo com Jorge Maximino, fundador e diretor do festival, nesta edição “o intuito principal é o mesmo da primeira edição: constituir-se como um espaço da palavra poética e uma oportunidade de encontro com os autores e de partilha entre várias gerações”.
Com um colóquio-homenagem a Nuno Júdice, logo no dia de arranque, e que culmina com a apresentação do seu mais recente livro “Uma colheita de silêncios”, o festival volta a propor o contacto com o público em idade escolar, através da ida de vários autores (Fernando Pinto do Amaral, Nuno Camarneiro, Joana M. Lopes, M. G. Ferrey e o próprio Nuno Júdice) a escolas do concelho.
“Parte do programa é pensada para o envolvimento da comunidade e a sua participação ativa, e ainda especialmente com sessões orientadas para os estudantes e para os docentes das escolas da região” explica o fundador.
O músico e compositor Luís Represas é um dos nomes grandes que integra a programação, com uma conversa-concerto a decorrer no sábado, 22 de abril, pelas 21h30, no Grande Auditório do Centro Cultural.
Destaque ainda para as leituras de Rui Spranger sobre a poesia portuguesa do século XX, a oficina “Letras de canções em foco” com Thierry Proença dos Santos e a participação musical de Blandino Soares e Carlos Pedro na Junta de Freguesia de Horta que inclui a colaboração especial de alguns estudantes do ensino secundário.
O último dia do festival faz-se na companhia da APURO que apresenta a partir das 15h00 o espetáculo “Cabral”, uma dramaturgia cénica que atravessa a vida e a obra de três autores transmontanos: António Cabral, Rui Cabral e António Manuel Pires Cabral que é, ele próprio, convidado desta edição com uma conversa encontro a decorrer pelas 17h00.
Segundo a organização, os princípios que norteiam a programação deste ano inscrevem-se na temática genérica “fragilidade e memória”, linha de trabalho que será glosada de forma especial no colóquio “Escrita e Memória na poesia de Nuno Júdice” num evento de entrada livre, que celebra a arte da poesia e da música em Portugal.
O Festival de Poesia e Música de Foz Côa tem a organização da SOMA-Associação de Arte e Cultura em parceria com o município de Vila Nova de Foz Côa, patrocinador principal, e conta este ano com o apoio da Direção Regional de Cultura do Norte.