A Força Aérea retirou de Marrocos 102 cidadãos portugueses que pediram ajuda para deixar o país africano, abalado por um forte sismo na sexta-feira à noite.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou que os 102 portugueses (incluindo o pai e a criança que ficaram feridos na sequência do terramoto) chegaram esta madrugada, no avião da Força Aérea Portuguesa que havia seguido na noite de sábado para a cidade de Marraquexe.
A operação de retirada, "apesar das vicissitudes no terreno, decorreu de forma ordeira e pacífica", indica o ministério, realçando que continuará em "contacto com os portugueses que permanecem na região mais afetada" pelo sismo, que, segundo o último balanço oficial, causou 2.012 mortos e 2.059 feridos, dos quais 1.404 em estado grave.
A diplomacia acrescenta que Portugal continua a aguardar que as autoridades de Marrocos "se manifestem para que seja operacionalizado o apoio já anunciado pelo Governo", concretamente "o envio de equipas de busca e salvamento ou de medicina legal".
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o abalo de 6,8 na escala de Richter ocorreu às 23h11 de sexta-feira. O epicentro foi a 71 km de Marraquexe, na região do Alto Atlas - uma subcordilheira que faz parte do Atlas marroquino. Pensa-se que muitas vítimas estarão em aldeias remotas desta região.
O terramoto ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilómetros, e foi sentido em Portugal com alguma intensidade, em localidades como Faro, Loulé, Portimão, Cascais, Lisboa e Torres Vedras.