A greve dos guardas prisionais do estabelecimento anexo à sede da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, foi prolongada mais um mês e passa também a abranger os guardas da prisão de Monsanto, também na capital.
De acordo com o coordenador de Lisboa do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Frederico Morais, em declarações à Lusa, o pré-aviso de greve guardas prisionais em funções no estabelecimento prisional anexo à PJ, que teve início no dia 19 de dezembro e deveria terminar hoje, foi renovado até 31 de janeiro e passa também a abranger os guardas do estabelecimento especial de alta segurança de Monsanto.
Nesta greve, está em causa a segurança e as condições de trabalho do corpo da guarda prisional.
Em declarações à Lusa em 20 de dezembro, Frederico Morais deixou duras críticas à diretora da cadeia anexa à PJ, Fátima Corte, e à sua recondução por mais três anos pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
“Houve um princípio de motim em outubro e teve de ir o Grupo de Intervenção e Segurança Prisional para repor a ordem. O motim foi provocado por falta de comida e a diretora na semana seguinte encomendou pizzas para presos selecionados”, referiu o coordenador sindical para Lisboa e as regiões autónomas.
Ainda segundo o responsável, em outubro foi marcada uma greve de uma semana por causa da falta de organização e segurança do estabelecimento prisional”, mas não “resultou em nada”.
O sindicalista afirmou que a cadeia regista atualmente uma situação de sobrelotação, uma vez que “serve para 116 pessoas e está com cerca de 160”, esclarecendo que apenas estão alocados 27 guardas àquele estabelecimento.