A Suíça bloqueou 160 milhões de francos (cerca de 150 milhões de euros) de pessoas suspeitas de lavagem de dinheiro, no contexto processo de desmantelamento do Banco Espírito Santo (BES), confirma o Ministério Público daquele país.
A investigação suíça começou a partir de um pedido de cooperação judicial apresentado pelas autoridades portuguesas, indicou a entidade pública à agência de notícias daquele país, a ATS, citada pela agência de notícias Efe.
Em Setembro de 2014 realizaram-se vários procedimentos e em Maio do ano seguinte foi formada uma equipa de investigadores, mas o Ministério Público salientou que ainda não pode comentar sobre o resultado do trabalho realizado.
A comunicação social suíça publicou este domingo informações a indicar que as autoridades seguem pistas relacionadas com o ex-director da filial do BES em Angola, de quem têm indícios de lavagem de dinheiro e de outras situações, como a aprovação de créditos a entidades insolventes.
Segundo aquelas informações, o responsável e a sua família apropriaram-se, alegadamente, de 500 milhões de dólares (cerca de 470 milhões de euros).
Em Agosto de 2014, as autoridades portuguesas transferiram os activos "saudáveis" do BES para o Novo Banco, enquanto os "activos tóxicos" ficaram no primeiro.
Na sexta-feira, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, confirmou a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, que vai realizar injecções de capital no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho da operação e 250 milhões de euros até 2020.