O primeiro-ministro, António Costa, reforça a confiança no ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e no Chefe de Estado Maior do Exército, Rovisco Duarte, na sequência do caso do furto de armas de guerra em Tancos.
A posição foi manifestada esta terça-feira no final de uma reunião com as principais chefias militares do país e com o ministro da Defesa, que decorreu na residência oficial, em São Bento.
"O ministro da Defesa tem toda a confiança do primeiro-ministro para o exercício das suas funções", declarou António Costa.
"Agradeço a hombridade com que as Forças Armadas e, em particular, o chefe de Estado Maior do Exército assumiram as responsabilidades
em relação a esta matéria. Quero manifestar total solidariedade com o chefe de Estado Maior do Exército e a forma com tem
exercido o seu comando e continuará a exercer", sublinhou o primeiro-ministro.
Classificando o furto de material de guerra em Tancos como um "facto grave", António Costa garantiu que vão ser "tiradas lições" e "adoptadas medidas que permitam reforçar a segurança" e garantir a operacionalidade das Forças Armadas.
O primeiro-ministro manifestou, ainda, o seu " profundo apreço e reconhecimento" pelas Forças Armadas, elogiando o papel importante dos militares em missões externas e internas, como recentemente durante a tragédia de Pedrógão Grande.
Depois de António Costa, o chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), Pina Monteiro, revelou que os lança-granadas foguete furtados na base de Tancos “provavelmente não poderão ser utlizados com eficácia, porque estavam seleccionados para serem abatidos".
Na sequência deste caso, o Presidente da República exigiu o apuramento total dos factos ocorridos e o CDS-PP pediu a demissão do ministro Azeredo Lopes.