Costa mantém confiança no ministro da Defesa e no chefe do Exército
11-07-2017 - 19:50

Classificando o furto de material de guerra em Tancos como um "facto grave", primeiro-ministro garante que vão ser "tiradas lições" e "adoptadas medidas que permitam reforçar a segurança".

O primeiro-ministro, António Costa, reforça a confiança no ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e no Chefe de Estado Maior do Exército, Rovisco Duarte, na sequência do caso do furto de armas de guerra em Tancos.

A posição foi manifestada esta terça-feira no final de uma reunião com as principais chefias militares do país e com o ministro da Defesa, que decorreu na residência oficial, em São Bento.

"O ministro da Defesa tem toda a confiança do primeiro-ministro para o exercício das suas funções", declarou António Costa.

"Agradeço a hombridade com que as Forças Armadas e, em particular, o chefe de Estado Maior do Exército assumiram as responsabilidades em relação a esta matéria. Quero manifestar total solidariedade com o chefe de Estado Maior do Exército e a forma com tem exercido o seu comando e continuará a exercer", sublinhou o primeiro-ministro.

Classificando o furto de material de guerra em Tancos como um "facto grave", António Costa garantiu que vão ser "tiradas lições" e "adoptadas medidas que permitam reforçar a segurança" e garantir a operacionalidade das Forças Armadas.

O primeiro-ministro manifestou, ainda, o seu " profundo apreço e reconhecimento" pelas Forças Armadas, elogiando o papel importante dos militares em missões externas e internas, como recentemente durante a tragédia de Pedrógão Grande.

Depois de António Costa, o chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), Pina Monteiro, revelou que os lança-granadas foguete furtados na base de Tancos “provavelmente não poderão ser utlizados com eficácia, porque estavam seleccionados para serem abatidos".

A Procuradoria-Geral da República anunciou na semana passada que abriu um inquérito ao caso do furto de Tancos, por suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional.
No Exército decorrem averiguações internas e o ministro da Defesa Nacional, que afirmou desconhecer problemas de insegurança naquela base militar, determinou uma inspeção extraordinária às condições de segurança dos paióis.

Na sequência deste caso, o Presidente da República exigiu o apuramento total dos factos ocorridos e o CDS-PP pediu a demissão do ministro Azeredo Lopes.