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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, diz que os alertas do Fundo Monetário Internacional (FMI) não têm em conta dos dados da última execução orçamental.
Em declarações aos jornalistas em Faro, Marcelo Rebelo de Sousa destacou “os números francamente bons até Outubro”.
O chefe de Estado manifestou “muita esperança” que Novembro confirme que a execução orçamental está em linha com o definido pelo Governo de António Costa, ou seja, 2,5% no final deste ano.
Questionado sobre se Portugal irá necessitar de mais austeridade, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que “estes relatórios vêm sempre um pouco atrasados".
Os dados que vão ser conhecidos "são números que acabaram de ser apurados" e os relatórios estão feitos há mais de um mês e "têm que ser actualizados", sublinhou.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um défice orçamental para Portugal de 2,1% em 2017, afirmando que seria necessário mais 700 milhões de euros em austeridade para atingir a meta prevista pelo Governo, defendendo uma "reforma duradoura" na despesa.
Num comunicado após a quinta missão pós-programa a Portugal, que decorreu entre 29 de Novembro e a passada quarta-feira, o FMI analisou o Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) e prevê que, com base nas medidas do documento, o défice orçamental desça para 2,1%, acima da meta de 1,6% prevista pelo Governo.
O FMI espera que a economia portuguesa cresça 1,3% este ano e no próximo, quando em Outubro previa um crescimento de 1% e de 1,1%, respectivamente. Quando ao défice, aponta agora para 2,6% em 2016 e de 2,1% em 2017, contra a previsão anterior de 3% em cada um dos anos.