Há um novo máximo de mortalidade desde o fim da pandemia. Na terça-feira, 2 de janeiro morreram 510 pessoas em Portugal, de acordo com o Sistema de Informação de Certificados de Óbito (SICO).
O valor ultrapassa o número diário de óbitos registado na última semana de dezembro, quando foram atingidos os valores mais altos desde fevereiro de 2021.
Dois de janeiro foi o dia com mais mortes em Portugal em quase três anos, concretamente desde 8 de fevereiro de 2021.
O novo máximo de mortalidade coincide com um pico de infeções respiratórias que estão a entupir as urgências hospitalares de norte a sul do país.
O tempo de espera para doentes urgentes rondava, às 18h00 de hoje, as 11 horas no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, com uma lista de espera de mais de 60 pessoas.
Segundo os dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no Hospital de Santa Maria o tempo médio de espera ultrapassava as sete horas, com 45 doentes a aguardar atendimento.
Os dados referem-se ao tempo médio de espera para atendimento nas últimas duas horas e o número de doentes apresentado é o das pessoas que se encontram atualmente a aguardar atendimento, após triagem.
Nos restantes hospitais da região de Lisboa os tempos de espera são menores, com os hospitais Fernando Fonseca (Amadora) e São José, Lisboa, a apresentarem um tempo de espera a rondar as três horas e meia e com cerca de 18 pessoas em espera.
Os mesmos valores para o hospital de Matosinhos, a rondar as três horas. Mais tempo do que as duas horas e meia do hospital de São João (23 pessoas em espera), e das menos de duas horas de Santo António (13 pessoas), ambos no Porto. Em Gaia o tempo de espera também não chegava às duas horas.
Na zona de Lisboa os tempos de espera eram também inferiores a duas horas no hospital Garcia de Horta, em Almada, e no São Francisco Xavier, Lisboa.
Os 190 Centros de Saúde que estiveram de reforço fizeram 25.787 consultas no Ano Novo, entre os dias 30 de dezembro e 2 de janeiro.
De acordo com o Ministério da Saúde, no fim de semana do Natal foram mais os utentes que recorreram a estas unidades, onde foram realizadas 26.905 consultas.
[notícia corrigida às 21h38 - número de mortes a 2 de janeiro foi de 510 e não de 508]