Os atletas russos a competir em Portugal podem também ser castigados. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, que não fecha esse cenário, mas aguarda por uma decisão conjunta na União Europeia.
"É uma matéria que vamos decidir em breve, em consenso e numa lógica do quadro da União Europeia. Ainda não está decidido", disse, à margem da gala da Confederação do Desporto de Portugal.
O responsável governativo pela pasta do Desporto destaca ainda que Portugal já se disponibilizou para receber refugiados ucranianos.
"Enquanto se discute no quadro europeu que medidas retaliadores podem ser tomadas, Portugal já disponibilizou os centros de alto rendimento e pousadas da juventude para refugiados que nos procuram para fugir ao terror da guerra", diz.
Os russos do desporto português
Nas primeiras divisões de futebol, futsal, hóquei em patins, andebol e basquetebol, há apenas três atletas russos a competir em Portugal.
Ivan Zlobin é o guarda-redes da equipa de futebol do Famalicão. O guardão de 24 anos chegou a Portugal em 2015 para o União de Leiria e passou ainda pelo Benfica, proveniente da formação do CSKA de Moscovo. É o único futebolista na lista.
No futsal, juntam-se Ivan Chishkala, ala do Benfica, e Alexey Popovich, guarda-redes do Elétrico. O jogador das águias apelou ao fim da guerra na final da Taça da Liga frente ao Sporting, no último domingo.
No andebol, há um bielorrusso em prova, país que está também a ser afetado por sanções pela ligação à Rússia e o papel que está a ter na invasão ao território ucraniano. Na equipa de andebol da Madeira SAD joga o guarda-redes Pavel Yarashuk.
No ciclismo, há dois atletas russos: Alexander Grigoriev, no Atum General/Tavira/AP Maria Nova Hotel, enquanto que Victor Manakov compete pelo ABTF Betão-Feirense.
A União Ciclista Internacional (UCI) já decidiu suspender as seleções nacionais e retirar as licenças às equipas da Rússia e da Bielorrússia, na sequência da invasão russa da Ucrânia. Os ciclistas russos e bielorrussos continuam a poder disputar provas da UCI, de forma neutral, desde que não estejam inscritos por equipas dos respetivos países.