A Iniciativa Liberal (IL) pede um "choque fiscal" e a "máxima transparência" nos fundos europeus.
O partido liderado por Cotrim Figueiredo critica as projeções do Programa de Estabilidade, que vai ser discutido na próxima quarta-feira pelos deputados, a par de um projeto de resolução que já foi entregue esta segunda-feira hoje no Parlamento.
Em declarações à Renascença, o líder parlamentar da IL, Rodrigo Saraiva, diz ser "urgente" a adoção de uma redução fiscal, "seja no número de escalões, seja nas taxas, seja na simplificação".
E dá dois exemplos de áreas concretas onde é possível introduzir alterações: "um relativamente às empresas e que passa, obviamente, por uma redução do IRC e pela sua descomplexificação".
No plano do IRS, o líder parlamentar da IL assinala que a proposta orçamental entregue pelo Governo traz "mais complicações", "mais escalões e mais taxas e isso significa que, com mais inflação que temos, os portugueses vão perder poder de compra".
As propostas da IL vão a debate na próxima quarta-feira, mas o partido antecipa, desde já, a reprovação pela maioria socialista.
Rodrigo Saraiva lamenta que, "desde o dia das eleições, em que se ouviu falar muito de maioria dialogante, a cada documento que surge, a cada desafio no Parlamento, o que vemos é que não há muito espaço de manobra para essa maioria dialogante".