O incêndio que deflagrou na sexta-feira numa zona de mato em Aljezur está dominado. A informação é avançada no site da Proteção Civil.
Segundo a mesma fonte, pelas 9h45 deste sábado estavam no combate ao incêndio 462 operacionais, apoiados por cinco meios aéreos e 141 veículos.
De acordo com o segundo comandante, Abel Gomes, do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, os operacionais que estiveram no teatro de operações "foram incansáveis", o que permitiu dominar o incêndio no período da manhã, afirmou.
Contudo, advertiu, apesar do incêndio de Vilarinha estar dado como dominado, continuam a existir “pontos muito sensíveis", que "oferecem grande preocupação" aos bombeiros.
"Face às condições meteorológicas que se preveem para o dia de hoje, podemos ter uma situação a reverter-se a qualquer momento”, avisou o responsável.
“Temos a perfeita consciência que vamos ter situações de projeções criadas naturalmente por reativações que vão acontecer durante o dia”, disse Abel Gomes.
Perante este cenário, avançou, vai manter-se todo o dispositivo no “teatro de operações” porque vai haver “certamente trabalho não para as próximas horas, mas para os próximos dias”, sendo preciso acautelar que “todo o trabalho que foi feito agora não é perdido”.
Segundo Abel Gomes, a noite passada foi “muito trabalhosa”: “Tivemos uma meteorologia que quase sempre contrariou aquilo que eram as previsões. Muito mais grave em termos meteorológicos, a velocidade do vento que se fazia sentir foi sempre muito superior àquilo que eram as previsões”.
Uma situação que “dificultou a tarefa dos operacionais” e que não permitiu dominar o incêndio ainda durante o período noturno como pretendiam.
“Também associado a este fenómeno a orografia não permitiu que houvesse acessibilidade a todas os locais da frente de fogo” pelo que tiveram que ser criadas condições pelas máquinas de rastos e pelos operacionais para que fosse possível obter os resultados hoje de manhã.
Já na manhã de sábado, fonte da Proteção Civil garantiu à agência Lusa disse não ter informação de que tenham sido atingidas pelo fogo casas de primeira habitação. “Temos informação que alguns barracões que estavam dispersos pela área do incêndio possam ter ardido”.
Na sexta-feira, por precaução algumas pessoas foram aconselhadas a sair das suas casas, tendo sido reencaminhadas para a Aldeia de Pedralva, mas a situação já está regularizada.
“As pessoas já regressaram às suas habitações e outras, como estavam em autocaravanas, deslocaram-se para outros locais”, disse a mesma fonte.
Ao início da tarde de sexta-feira, o incêndio chegou a ter três frentes ativas a progredir com “grande intensidade”, e a Proteção Civil deslocou habitantes de casas que estavam na frente de fogo para a Aldeia da Pedralva, uma aldeia rural do concelho de Vila do Bispo que já foi habitada por mais de 100 pessoas, mas cujas 24 casas são usadas, desde 2010, para fins turísticos.
[notícia atualizada às 11h41]