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A companhia aérea United Airlines já começou a operar voos fretados para transportar doses da vacina da Pfizer e da BioNTech contra a Covid-19. A notícia é avançada neste sábado pelo jornal norte-americano “Wall Stret Journal”.
O objetivo é garantir uma distribuição rápida das vacinas, logo que sejam aprovadas pelos reguladores.
Segundo o jornal, United Airlines Holdings Inc. – a terceira maior companhia aérea norte-americana – começou a operar estes voos charter na sexta-feira (já sábado em Lisboa) e pretende fazer voos entre Bruxelas e os Estados Unidos, os dois países onde a vacina está a ser produzida.
Os voos iniciais são um elo de uma cadeia de abastecimento global que está a ser montada para enfrentar o desafio logístico de distribuição das vacinas contra o novo coronavírus.
A Pfizer já começou a preparar uma reação rápida ao momento em que a Food and Drug Administration (FDA, o regulador norte-americano) e outros reguladores de todo o mundo aprovarem a vacina – algo que não se sabe quando irá acontecer.
Em debate está já quem irá receber primeiro a vacina. A Organização Mundial de Saúde (OMS) defende que os profissionais de saúde e os idosos devem ser prioritários.
Condições especiais
Como a vacina precisa ser transportada em fio, a Administração Federal de Aviação flexibilizou as regras sobre a quantidade de gelo seco permitida nos voos de transporte.
A United Airlines foi, assim, autorizada a embalar as vacinas em 15.000 libras de gelo seco por voo – cinco vezes a quantidade permitida pelas regras da FAA, refere o “Wall Stret Journal”.
O gelo seco (que é dióxido de carbono congelado) é um material perigoso, pelo que está sujeito a limitações.
"Como resultado do ritmo histórico de desenvolvimento da vacina por meio da Operação ‘Warp Speed’ (velocidade progressiva, em português) e do planeamento logístico cuidadoso, a FAA apoia a partir de hoje [sexta-feira] o primeiro embarque aéreo em massa de uma vacina", anunciou a agência em comunicado emitido na sexta-feira.
Na mesma nota, a FAA indica que foram “mitigados os riscos de segurança relacionados com o transporte seguro de vacinas” e garantidos “serviços de tráfego aéreo 24 horas por dia para manter a carga aérea em movimento e priorizando voos de transporte de carga, como vacinas, e pessoal essencial para a resposta do país aos e recuperação da Covid-19 ".
A norte-americana Pfizer e a parceira alemã BioNTech solicitaram uma autorização de emergência ao regulador norte-americano com vista a começar a distribuição da vacina e “saltar” passos no processo de aprovação.
O laboratório pretende começar a distribuir esta vacina, que tem 95% de eficácia, a partir de dezembro.