O Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou no sábado que está concluída a retirada dos funcionários da embaixada norte-americana no Sudão, de acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca.
“Tenho orgulho no extraordinário compromisso da nossa equipa da embaixada, que desempenhou as suas funções com coragem e profissionalismo e personificou a amizade e a ligação da América com o povo do Sudão”, referiu Biden na nota.
“Estou grato pela capacidade incomparável dos nossos militares que os trouxeram com sucesso para um local seguro”.
Os funcionários foram levados de avião para um local não identificado, na Etiópia, revelaram à agência de notícias Associated Press (AP) dois responsáveis que conhecem a operação.
Washington também encerrou a representação diplomática por tempo indeterminado, notou a AP.
No comunicado, Biden deixou um agradecimento ao Djibuti, à Etiópia e à Arábia Saudita, que foram "fundamentais para o sucesso" da operação.
Os planos de retirada começaram na segunda-feira, depois de veículos da embaixada dos Estados Unidos, que estavam em deslocação, terem sido atacados em Cartum.
Num comunicado divulgado na quinta-feira, o Pentágono revelou o envio de "capacidades adicionais" para a região, para potencialmente ajudar a facilitar uma retirada do pessoal da embaixada do Sudão, se necessário.
O aeroporto de Cartum continua a não funcionar e as rotas terrestres da capital para fora do país são longas e perigosas, mesmo sem as hostilidades atuais, o que coloca dificuldades e riscos de segurança adicionais.
Segundo a mais recente contagem da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 413 civis morreram e 3.551 ficaram feridos desde o início do conflito no Sudão.
Os confrontos começaram há uma semana entre as forças armadas, comandadas pelo líder de facto do país desde o golpe de Estado de outubro de 2021, o general Abdel Fattah al-Burhan, e os paramilitares do das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), chefiados pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como "Hemedti".