Pelo menos 22 pessoas morreram nas inundações ocorridas na noite de quarta-feira para hoje em Nova Iorque e Nova Jérsia na sequência da passagem do furacão Ida pelos Estados Unidos. Os números são avançados pela televisão NBC.
Kathy Hocul, a governadora do estado de Nova Iorque, e Bill de Blaise, o presidente da câmara cessante da capital económica e cultural norte-americana, decretaram “estado de emergência” após as inundações que afetam potencialmente cerca de 20 milhões de habitantes. Em Nova Iorque, entre os mortos contam-se quatro mulheres, três homens e um bebé de dois anos.
O governador do vizinho estado de Nova Jersey, Phil Murphy, também declarou o estado de emergência. Em Nova Jersey, as inundações provocaram 14 mortos, segundo informações avançadas pela imprensa do país.
Com aqueles mortos, o balanço de vítimas mortais sobe para pelo menos 30, desde que o Ida tocou terra no domingo no Luisiana (sul).
Os fortes ventos e chuvas associadas ao Ida – que atravessou parte do país - causaram inundações significativas, levando à suspensão da circulação do metropolitano na cidade de Nova Iorque.
O serviço meteorológico norte-americano (NWS) registou um recorde absoluto de 80 mm de chuva numa hora em Central Park. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, os aguaceiros de chuva são considerados violentos (a classificação mais grave) quando se registam valores acima dos 50 mm/h.
Centenas de voos foram anulados nos aeroportos de Newark, LaGuardia e JFK.
O furacão Ida, que diminuiu de intensidade passando a tempestade tropical, vai continuar a deslocar-se dirigindo-se hoje para a Nova Inglaterra.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, visita na sexta-feira o Luisiana, onde o Ida destruiu muitas infraestruturas e deixou sem eletricidade mais de um milhão de habitações.
[notícia atualizada às 16h41]