O movimento xiita libanês Hezbollah informou esta segunda-feira ter ativado "dispositivos explosivos" quando soldados israelitas cruzaram a fronteira para o lado do Líbano, com Israel a reportar quatro soldados feridos.
Esta é a primeira vez que o Hezbollah - movimento pró-iraniano, que intensificou o clima de tensão e as trocas de tiros com Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há mais de seis meses - anuncia uma operação deste género.
Segundo um comunicado do grupo, os combatentes do Hezbollah "colocaram cargas na área de Tal Ismail", uma região perto da fronteira israelita, que diz terem explodido depois de os soldados israelitas cruzarem a zona fronteiriça.
Por seu lado, o Exército israelita anunciou que quatro dos seus soldados, que operavam numa zona da fronteira norte, ficaram feridos durante a noite, incluindo um que foi gravemente atingido na sequência de uma explosão de origem desconhecida.
Telavive não confirmou, porém, que os militares estivessem a cruzar a fronteira.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islamita Hamas, em 7 de outubro de 2023, tem havido trocas de tiros diárias entre o Exército israelita e o Hezbollah, que afirma apoiar o seu aliado palestiniano, que controla o enclave sitiado e bombardeado pelas forças israelitas.
O ataque hoje confirmado pelo Hezbollah ocorre após um aumento do clima de tensão neste fim de semana.
Na noite de sábado para domingo, o Irão lançou um ataque sem precedentes contra Israel utilizando 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) e mísseis, em resposta a um ataque à sua embaixada em Damasco, Síria.
Ao mesmo tempo, o Hezbollah anunciou que tinha disparado 'rockets' Katyusha contra posições militares israelitas localizadas nos Montes Golã (no sudoeste da Síria), que são controlados quase na totalidade por Israel.
Israel, por sua vez, realizou vários ataques em território libanês.