Um dos arguidos acusado da morte de Giovani Rodrigues foi esta sexta-feira condenado a 10 anos e três meses de prisão por homicídio simples.
O coletivo de juízes condenou ainda o mesmo arguido a pagar uma indemnização de 155 mil euros aos pais da vítima e mais de 30 mil euros de despesas hospitalares, além de 2.200 a outro ofendido no processo.
A decisão foi anunciada esta sexta-feira no Tribunal de Bragança. Sete suspeitos estão sentados no banco dos réus.
Os factos remontam na madrugada de 21 de dezembro de 2019, mas o caso só ganhou visibilidade depois da morte do jovem de 21 anos, dez dias depois, a 1 de janeiro de 2020.
Luís Giovani tinha saído com mais três colegas cabo-verdianos e, segundo a versão divulgada por amigos, “15 a 20 pessoas” terão feito uma "espera ao grupo” e agredido “com murros, pontapés, cintos, soqueiras e paus” a vítima mortal.
O caso motivou reações de entidades portuguesas e cabo-verdianas e manifestações e marchas contra a violência e o racismo, que as autoridades policiais descartaram desde o início do processo.
A 17 de janeiro de 2020 foram detidos cinco jovens portugueses e mais tarde, em junho, mais três, tendo ficado todos em prisão preventiva ou com pulseira eletrónica, alguns mais de um ano, acusados de homicídio qualificado consumado, em relação a Luís Giovani, e de homicídio na forma tentada, relativamente aos outros três cabo-verdianos.
Alguns dos arguidos pediram abertura de instrução e um deles foi retirado do processo, enquanto os restantes viram a acusação atenuada para ofensas à integridade física nas alegadas agressões aos outros três cabo-verdianos, que são ofendidos no processo e que, junto com a família de Giovani, reclamam uma indemnização de valor global superior a 300 mil euros.
[em atualização]