A mulher que acusa de abuso sexual Brett Kavanaugh, candidato do Presidente dos Estados Unidos ao Supremo Tribunal, concordou em testemunhar na próxima quinta-feira perante um comité do Senado.
“Estamos comprometidos em avançar com uma audiência pública na quinta-feira, 27 de setembro, às 10h00 (15h00 em Lisboa). Apesar das atuais ameaças à sua segurança e à sua vida a Dr.ª Ford acredita que é importante para os senadores ouvi-la diretamente", lê-se numa mensagem dos conselheiros de Christine Blasey Ford, citada pela imprensa.
Este domingo, segundo a imprensa norte-americana, continuam várias discussões sobre questões como potenciais testemunhas que possam corroborar a alegada agressão sexual ocorrida há décadas.
Christine Blasey Ford, psicóloga, comprometeu-se com a audiência aberta numa reunião realizada hoje, disseram os advogados em comunicado.
Um porta-voz do presidente do comité, o senador Chuck Grassley, do estado de Iowa, confirmou que a reunião está marcada para as 10h00 de quinta-feira.
"Fizemos progressos importantes, Ford acredita que é importante para os senadores ouvirem diretamente dela sobre a agressão sexual que sofreu. Ela concordou em ir em frente", disseram os advogados.
Ford concordou em testemunhar depois de Kavanaugh, em vez de antes, disse uma fonte ligada às negociações.
O testemunho é tido como momento chave no processo de confirmação do juiz para o Supremo Tribunal.
Os advogados de Ford disseram que não foram informados sobre quem irá interrogar a suposta vítima do juiz, embora seja habitual que nas audiências públicas sejam os próprios senadores quem interroga as testemunhas.
Ford acusou Kavanaugh de a ter agredido sexualmente numa festa, quando ambos andavam na escola secundária, nos princípios da década de 1980. O juiz negou mas a questão está a atrasar a sua confirmação para o Supremo.