O ministro das Finanças, João Leão, não se compromete com uma redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), mas admitiu hoje que há margem para avaliar uma descida.
Em conferência de imprensa, em Lisboa, para anunciar as medidas destinadas a mitigar o aumento do preço dos combustíveis, João Leão anunciou o prolongamento por mais três meses, até 30 de junho, da redução extraordinária das taxas do ISP sobre a gasolina e gasóleo, mantendo a descida em dois cêntimos na gasolina sem chumbo e em um cêntimo no gasóleo.
No entanto, não avançou com a redução adicional do imposto, depois de o ter feito em outubro. Ainda assim, questionado sobre o tema, João Leão afirmou: "Se houver um aumento total que justifique uma redução adicional, veremos", admitindo haver margem para isso. .
Em outubro do ano passado, o Governo anunciou que iria repercutir na diminuição das taxas de ISP os cerca de 60 milhões de euros de IVA, arrecadados face ao aumento do preço médio de venda ao público dos combustíveis, sinalizando que a redução da taxa do imposto sobre produtos petrolíferos aplicável à gasolina e ao gasóleo vai ser monitorizada para se ajustar "em função da evolução do mercado".