António Sampaio da Nóvoa não desiste e mantém-se na corrida presidencial de Janeiro de 2016, mesmo sem o apoio directo do PS à primeira volta e com uma adversária de peso no campo socialista, Maria de Belém.
O antigo reitor da Universidade de Lisboa garante que, depois dos resultados das legislativas de domingo, "ficou mais clara do que nunca a urgência desta candidatura”, até por que “depois das eleições não pode ficar tudo na mesma”.
Portugal precisa de “um Presidente sem preconceitos e sem tabus”, refere Sampaio da Nóvoa. “Nenhum partido deve colocar-se à margem das soluções de governação e todos os votos têm a mesma legitimidade."
"A interpretação dos resultados parece-me clara. Os portugueses manifestaram a vontade de, prudentemente, virar a página da austeridade e de construir políticas de desenvolvimento económico e de justiça social, num quadro de inovação e de defesa do Estado social", afirmou.
O Presidente da República, Cavaco Silva, já falou com Pedro Passos Coelho e deixou implícito que não quer um Governo de coligação à esquerda.
Respondendo indirectamente aos que admitiam que ia desistir da corrida a Belém, Sampaio da Nóvoa reforçou que “quanto mais difíceis são os desafios mais forte é a determinação”.
O candidato independente reafirma que a sua candidatura "não é de esquerda, nem de direita, é dos que estão a favor da República e não dos que se servem dela”.
Numa altura em que já se sabe que não vai ter o apoio directo do PS à primeira volta, como chegou a ser admitido, Sampaio da Nóvoa esclarece que não está “dependente de nada, nem de ninguém. Todos são bem-vindos”.
“Podemos renunciar a tudo, mas não à nossa consciência, aos nossos ideais. Juntos vamos dar nova esperança a Portugal. No final, teremos orgulho no que alcançámos e a serenidade de quem cumpriu a sua missão”, acrescentou o candidato, que tem o apoio de três ex-Presidentes, Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio.
No final de uma declaração sem direito a perguntas, Sampaio da Nóvoa garantiu: "Não quero nada para mim, quero dar tudo por Portugal”.