O Presidente da República considerou esta sexta-feira adequada a decisão do Governo em decretar a situação de alerta entre domingo e terça-feira devido ao risco de incêndios.
"Não por uma razão. Quando foi decidido isso [situação de alerta] ainda não havia Ourém [incêndio], em segundo lugar há aqui uma realidade que foi referida hoje que é a renovação dos recursos humanos e dos meios materiais", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas quando questionado sobre se a decisão do Governo era tardia, à margem da Romaria de Nossa Senhora d´Agonia, em Viana do Castelo.
Segundo o Chefe de Estado, é fácil para quem vê de longe dizer pega-se neste veículo e coloca-se ali, mas isso não é instantâneo e demora tempo.
"E daí que tivesse havido esse compasso de espera para permitir o reajustamento do dispositivo, quer humano, quer material", referiu.
Marcelo Rebelo de Sousa, que pela primeira vez como Presidente da República marca presença nas festas de Viana do Castelo, começou a descer a avenida principal já passavam das 21:00 onde, pelo caminho, tem sido "engolido" e ovacionado pela população ao som da canção de Amália Rodrigues "Havemos de ir a Viana".
Balanços no fim
O chefe de Estado indicou que o balanço dos incêndios deve ser feito no final e não numa altura em que ainda estão a acontecer.
"Acho que o balanço de uma campanha que dura até setembro e que pode ir ou não até outubro deve ser feito no fim porque, pelo meio, estar a concentrar a atenção em balanços provisórios quando temos de estar mobilizados para o combate não me parece muito prudente", sublinhou o Chefe de Estado em declarações aos jornalistas, à margem da Romaria de Nossa Senhora d´Agonia, em Viana do Castelo.
Marcelo Rebelo de Sousa, que está a ser "engolido" pela multidão que assiste à festividade, considerou que haverá oportunidade de, no fim dessa campanha, fazer o balanço daquilo que aconteceu durante tantos meses.
Além do Presidente da República, também o líder do PSD, Luís Montenegro, vai esta noite marcar presença nas festas de Viana do Castelo, presença que Marcelo Rebelo de Sousa assumiu não evitar.
"Porque é que havia de evitar a sua presença, sou Presidente de todos os portugueses. Ainda por cima, o PSD é o meu partido de origem", comentou o chefe de Estado quando questionado sobre a presença do social-democrata.