Portugal teve 3,5 consultas por habitante em 2021, a terceira média mais baixa entre os países da União Europeia (UE). O valor exclui as consultas de telemedicina, que nesse ano aumentaram mais de 15 vezes em relação a 2020.
De acordo com dados do Eurostat, a Suécia foi o país com a pior média em 2021, registando apenas 2,3 consultas por habitante, seguindo-se a Grécia, com 2,7 consultas por habitante. Estes valores não representam grandes alterações face aos anos anteriores.
No lado oposto do espetro, a Eslováquia tem a média de consultas por habitante mais alta de toda a União Europeia, mantendo a tendência desde 2018 - ano em que o Eurostat iniciou este cálculo. Seguem-se a Alemanha, Hungria, os Países Baixos e a Chéquia.
A Eslováquia também é dos poucos países onde a média subiu face aos anos anteriores, tendo um aumento de cerca de 3% - assim como a Polónia e a Áustria. A Letónia teve o maior aumento de consultas por habitante, de 5%.
Num contexto em que a média caiu para 19 dos 24 Estados-membros da União Europeia com dados disponíveis, a Itália teve a maior quebra nas idas ao médico logo em 2020 - exatamente 50%, de 10,4 para 5,2 consultas por habitante.
Em Portugal, a quebra no ano de eclosão da pandemia de covid-19 foi de quase 27%, para 3 consultas por habitante. Em 2021, os dados do Serviço Nacional de Saúde apontam a realização de mais de 80 milhões de consultas.
2021 foi ano de exceção nas consultas de telemedicina, que não são contabilizadas pelo Eurostat. Antes, apenas em 2017, o número de consultas à distância tinha ultrapassado sequer as 10 mil consultas, mas o segundo ano de pandemia (2021) fez as consultas online disparar para quase 151 mil atendimentos.
Os números recolhidos pelo Gabinete de Estatísticas da União Europeia incluem as consultas em consultórios privados, em casa dos pacientes e em hospitais e centros de saúde. Os números relativos a Portugal excluem as idas a consultórios privados e ao domicílio.